sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TORMATO

Essas histórias que eu conto aqui porque ouvi por aí são o que são, e como um JLBorges, eu queria ser era o Júlio Cortázar. Mas vou dar uma de irmão do Mario Hernandez e criar a minha Palomar: Uma cidade imaginária, onde os personagens são reais.
Então, em Carmópolis (nome provisório) tinha um negão que depois do almoço na obra, pulava um muro, se acocava sempre no mesmo lugar e largava a Bomba H (de Holor). Contece que ali no marco zero da pilada inversa, nasceu um pé de tomate gaúcho. E o heróico tomateiro botava uns cuiúdos duns pomodoros, e a bicuirada se lambia olhando pelas frestas da parede, mas ninguém nunca teve a coragem de pegar um daqueles balofados, madurinhos e rechonchudos. Diz que no fazer a salada levantava uma nuvem com o maior cheiro de gente por dentro.

Sobre o JC, um dia uma criança de mão com a mãe, para na frente dele e aponta pra uma árvore sem folhas, no inverno europeu, e diz: Engraçado, mãe, as árvores se enchem de roupa no verão e ficam nuas no frio! Ea mãe, diz: Que bobagem, filho, é assim que é, e puxou o humaninho embora. Nosso herói lamentou não poder ficar batendo no gogó com a criança, até porque a mãe era muito bonita. Esse Julião era outro fodex.

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