GRANDES MOMENTOS DO ROCK

Meu coração é um fio de luz com um bando de corvo no crocito, que, de olho no anel da menina, a cada entrevero solta uma plasta nos caras de chapéu que passam. A música é Hotel Illness, e aos 1:40, a momenteira:  o baterista tem a grata idéia de shake the tambourine, o que faz o último gordinho lá no fundo do salão terminar sua cerveja, largar o copo no balcão e sair sacolejando no meio da galera enlouqueçada.
Não é a música mais bonita, sensacional ou fogosdeartificiosa do mundo, no carimbo se lê: Rock Velho de Guerra, enraizado no chão lamacento do blues e a fim de qualquer tudo. Só consigo pensar em um Cadillac enferrujado flutuando no asfalto de Utah, indo pra Califórnia. E na cara o sol, o grande pintor de sombras.

BONUS: Tô ouvindo as toneladas de Black Crowes que tenho, inclusive os 5 cds de covers de músicas que nem eu nem tu nunca ouvimos cantar, e achei outro GMR, uma versão anterior de "She Gave Good Sunflower" onde o órgão é um autêntico caixa de marimbondo com um drive, tu ouve as teias de aranha sendo esmagadas no teclado todo frouxo. Hã? Mesmo?