sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CAPÃO UNDERWATER

Eu, logo ali na esquina do tempo, moleque, logo ali no espaço, em Capão da Canoa, litoral do RS. O pai construiu uma casa lá, a uma quadra da rua Central - Paraguassú, ou çu, ou ssu, çei lá. Tinha poucas casas na área, ao lado do nosso terreno, sem muro nem cerca, uma grande área tinha sido gramada. Um dia, choveu o tempo inteiro, fomos serrar um angico sem ir para a praia. No outro dia, a surpresa: o terreno gramado era um meio metro abaixo da calçada e tinha ficado totalmente alagado. Uma camada de uns 30 cm de água limpa se formou no local. A grama era novinha e o fundo de areia do chão não deixou aquele pequeno oceano ficar sujo. Adibs se eu e meu irmão, mais os dois primos não passamos o dia inteiro brincando, fazendo barquinhos, afogando os nossos soldadinhos de matéria nas profundidades daquele marzinho. Lá pelas tantas, vimos os fundos de uma casa, com piscina e sem ninguém naquela época. Fomos para a piscina, com uma grande bacia, que era o nosso porta-aviões, que virada, tornou-se a nossa base de submarinos, a gente mergulhava e emergia dentro da bacia, ali dava pra respirar, foi um dos melhres dias que o universo me ofereceu de bandeja. Amanhã, todo mundo acordaria resfriado, mas o sorriso da cara nenhuma doença conseguiria tirar.

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