quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MINHAS CAGADAS MAIS CÉLEBRES 3) O PARAQUEDAS E O LÁPIS DE COR



A turma toda da rua brincava todo dia na casa de um ou de outro, ou no campinho, não havia regra. Um dia, foi na minha casa. Eu armei uma escada de abrir, com uns dois metros e a gente saltava de cima dela em uma pilha de grama cortada no chão. Uma hora, eu peguei uma rede de dormir, que tinha duas alças na extremidade e me mandei degraus pra cima, tinha encontrado o para-quedas perfeito! Saltei, me joguei bem para a frente e passei da pilha de palha seca, batendo com força no chão. Eu ia começar a praguejar de dor quando senti um leve toque nas costas: A rede havia puxado a escada, que caiu a um centímetro da minha coluna. Eu poderia ter ficado paraplégico naquele dia, minha vida podia ter mudado para sempre. Só fiquei com um arranhão.

Um dia a turma, que por vezes se reunia pra fazer dever de casa, decidiu que iria ser na minha casa a empreitada. Para me sacanear, pois eu era o menor de todos e tirava as melhores notas, sabia mesmo
as matérias, não apenas decorava ou fazia de conta pra enganar o professor, aquilo doía em alguns deles, eu cheguei a apanhar por tirar 10. Mas voltando ao lance: Os caras, só guris, se combinaram de não
levar lápis nem caneta, eu que me virasse para ser um bom anfitrião. Foi o que deu. Os caras começaram a me pedir caneta e lápis, isto acontecia com um e outro, mas não com quase toda a turma...
Não me mixei, mandei todos entrarem em fila e conduzi a linha até o meu quarto, onde dei um toco de lápis de cor pra cada um, marcando o ritmo da tropa na volta para fora da casa. Hahahaha. No outro dia, os organizadores do motim vieram me fofocar que o pessoal tava falando mal de mim, oh, quase escovei os dentes com Bombril de tão preocupado que fiquei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário