quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

HISTÉRIAS DO ZÓ


Seu Anapinho, que hoje não precisa mais comprar graxa para os sapatos,
quando era guri, tinha uns 17, 18 anos, namorou uma moça. O romance
engatou tipo merda em tamanco, tanto que o Anapinho até passava as
noites na casa da gaja. O que era visível até pro Maurício, o ceguinho
que tocava flauta na estação de trem é que a cada dia a garota,
querendo agradar o pretendente, matava uma penosa do quintal e fazia
uma panelada de galinha com arroz pro "noivo". Um dia após o
falecimento da última poedeira de ovo, sumiu o Anapinho, nunca mais
deu as caras. Como diz um filósofo amigo meu, "acabou o faimirrí,
acabou o amor"

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