A CIDADE QUE BRILHA
Nas primeiras imagens que tive de Tóquio, monstros-marinhos gigantescos emergiam para pisotear a cidade, até serem contidos pelo Ultraman. Visitando a cidade, fica claro que esse rastro de caos e destruição é mero efeito especial de quinta categoria de um seriado infantil.
Para alguém crescido numa grande metrópole brasileira, Tóquio não pode ser verdade. Como é possível uma área tão gigantesca ser inteiramente coberta por um eficiente sistema de transporte sobre trilhos, com metrô e trens interagindo perfeitamente? Como pode uma cidade não ter uma folha de papel, uma bituca de cigarro que seja no chão (especialmente uma em que seja tão difícil encontrar um cesto de lixo)? Como 13 milhões de pessoas podem viver num mesmo ambiente sem que aflore a maldita violência urbana?A resposta é muito mais simples do que se imagina. A capital japonesa é a exata tradução de sua cultura, na qual o respeito e o senso do coletivo é algo tão natural quanto o ato de respirar. Não vou ser ingênuo e apontar que não há defeitos ali. Imigrantes brasileiros que se aventuram por lá (ou mesmo pelo país) não se cansam de numerar as dificuldades que encontram. Mas se viver num gigantesco conglomerado fosse uma arte, Tóquio seria a obra-prima.
Por conta da correria das viagens, só pude sorver a cidade “em pílulas”: um, dois ou três dias a cada visita. Talvez eu precise viver mil anos para conhecer todas as suas facetas. Não importa: cada oportunidade traz o mesmo deslumbre pela imponência das ruas e a eficiência de seu funcionamento. E pela presença do povo mais “maluco” que eu já vi: executivos aos borbotões, punks saídos do túnel do tempo, meninas que se produzem para parecer uma boneca ou com o curioso visual da maioria delas: de botas, shorts curtos e roupas de marca, andando com as pernas tortas e segurando sacolas de compras.Não dá para descrever, é preciso ver. E viver. Estar em Shinjuku na hora do rush de uma sexta-feira, quando as ruas são tomadas por uma horda animadíssima e colorida atrás de diversão, é algo que vou lembrar pelo resto da vida. Ou andar pelas alamedas de Harajuku num sábado à tarde, onde um povo louco por roupas vai renovar seus armários. Para não dizer que não falei dos podres, uma noite em Roppongi é preciso ser observada com distinção. Bons restaurantes e umas horas num tradicional karaokê valem a visita, mas o excesso de gente bêbada que toma as ruas à medida que as horas passam forma um espetáculo deprimente.
Ainda assim, existem algumas cidades que sempre fazem surgir em mim o desejo de um dia morar nelas: Paris, Barcelona até mesmo Montreal. Nessa lista pessoal, Tóquio está no topo. Mesmo que o sonho pareça tão irreal quanto os episódios do Ultraman.
Para alguém crescido numa grande metrópole brasileira, Tóquio não pode ser verdade. Como é possível uma área tão gigantesca ser inteiramente coberta por um eficiente sistema de transporte sobre trilhos, com metrô e trens interagindo perfeitamente? Como pode uma cidade não ter uma folha de papel, uma bituca de cigarro que seja no chão (especialmente uma em que seja tão difícil encontrar um cesto de lixo)? Como 13 milhões de pessoas podem viver num mesmo ambiente sem que aflore a maldita violência urbana?A resposta é muito mais simples do que se imagina. A capital japonesa é a exata tradução de sua cultura, na qual o respeito e o senso do coletivo é algo tão natural quanto o ato de respirar. Não vou ser ingênuo e apontar que não há defeitos ali. Imigrantes brasileiros que se aventuram por lá (ou mesmo pelo país) não se cansam de numerar as dificuldades que encontram. Mas se viver num gigantesco conglomerado fosse uma arte, Tóquio seria a obra-prima.
Por conta da correria das viagens, só pude sorver a cidade “em pílulas”: um, dois ou três dias a cada visita. Talvez eu precise viver mil anos para conhecer todas as suas facetas. Não importa: cada oportunidade traz o mesmo deslumbre pela imponência das ruas e a eficiência de seu funcionamento. E pela presença do povo mais “maluco” que eu já vi: executivos aos borbotões, punks saídos do túnel do tempo, meninas que se produzem para parecer uma boneca ou com o curioso visual da maioria delas: de botas, shorts curtos e roupas de marca, andando com as pernas tortas e segurando sacolas de compras.Não dá para descrever, é preciso ver. E viver. Estar em Shinjuku na hora do rush de uma sexta-feira, quando as ruas são tomadas por uma horda animadíssima e colorida atrás de diversão, é algo que vou lembrar pelo resto da vida. Ou andar pelas alamedas de Harajuku num sábado à tarde, onde um povo louco por roupas vai renovar seus armários. Para não dizer que não falei dos podres, uma noite em Roppongi é preciso ser observada com distinção. Bons restaurantes e umas horas num tradicional karaokê valem a visita, mas o excesso de gente bêbada que toma as ruas à medida que as horas passam forma um espetáculo deprimente.
Ainda assim, existem algumas cidades que sempre fazem surgir em mim o desejo de um dia morar nelas: Paris, Barcelona até mesmo Montreal. Nessa lista pessoal, Tóquio está no topo. Mesmo que o sonho pareça tão irreal quanto os episódios do Ultraman.
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