quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
AS MINHAS CAGADAS MAIS CÉLEBRES................... 5) O TURQUINHO
Não é bem uma cagada, mas é boa história. Meu irmão tem uma mira de atirador da Swat: a gente passava o dia na alfaiataria do meu pai, o seu Renato, que ficava no meio da quadra, entre a Caixa Federal e a Loja Seibt, pronuncia-se Sáibiti. Na outra quadra, defronte à igreja Matriz, haviam as lojas do pessoal de origem palestina, ou turcos, como eram chamados. Um desses "turquinhos" um dia entrou quietinho em nossa loja e disparou um revólver de espoleta, que dava um tirambaço com som alto, bem real: BAM! Todo mundo deu um pulo, e o moleque disparou com uma risadinha pela porta. Quando ele já chegava na segurança da esquina, o Dé, meu brother, juntou um cascalho no meio-fio da rua, abriu o arco do braço e enviou o trovão. A rocha riscou uma curva no ar e, quando o turquinho foi se virar para gozar da nossa cara, não conseguiu puxar o ar: A pedrada acertou bem nas costelas, e ele virou um montinho de roupas no chão. O revólver escorregou na calçada fazendo telec-tec e mais nada. Parecia uma cena de filme. Ainda parece. As risadas se misturaram ao delicioso cheiro de pólvora na atmosfera do prédio número 913 da Osvaldo Aranha.
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