terça-feira, 13 de abril de 2010
CAGADA 22 - O ARDIL
Estou brincando de girar um pequeno barril de madeira, o cabo de um velho saca-rolhas que quebrou há anos e morava numa gaveta de cheiro adocicado. Nele está amarrado um fio de pesca, trançado, diferente, macio e forte. Meu helicóptero particular se espatifa contra um arame que prende três mamoeiros de sete metros de altura na parede do galpão. Solto o arame do prego torto e resgato o aparelho de brincar, quando ouço um barulho de disco-voador batendo no chão: eram os três mamoeiros, com centenas de mamões imensos e verdes, que comemos por meses. Lembro-me de implorar ao seu Carlinhos, que tinha uma serraria ao lado de casa, que pelamordedeus me ajudasse, e ele que nem um açucareiro, ria banguela com as mãos na cintura. Açucareiros riem, mas não têm dentes, deve ser por causa do açúcar.
Essa cagada foi originalmente publicada neste blog em julho de 2007.
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