terça-feira, 30 de novembro de 2010

CAIXA DE HISTÓRIAS DE CAIXAS

Novamente, estou no caixa do supermercado. A única coisa que desejo fazer até o dia de minha morte é ir no supermercado. Áté depois, se houver afterlife.
Bom, no caixa, sou o último cliente, o supa já está fechando, eu digo pra menina:
- Vamos lá, só essas compras e aí podemos ir embora.
E ela me responde:
- Eu vou aonde tu quiser.
E olha pra mim. Eu tento dizer alguma coisa, não sai nada. Onde está o eu engraçadinho quando eu preciso de mim?
A seguir, ela se vira para ver o valor das compras no monitor, eu vejo que ela estã falando no celular com fone de ouvido:
- Não, nada, um tio aqui achou que era com ele.

Tuta - história 100% inventada.

G.I. JOE

Olhei enquanto corria, o filme GI Joe. É recente, baseado naqueles bonecos que aqui no Brasil se chamaram "Comandos em Ação". Está cheio de atores famosos (nem tanto) fazendo pontas, mas o que mais me chamou a atenção:
A cada armamento que aparece, vem também um entendido que dá todos os detalhes das capacidades do brinquedo, ou se a tela mostra uma planta de um prédio, outro entendido começa a listar as características. No fim, o roteiro é uma grande lista de listas:
- Esse é um helicóptero de assalto H12, tem dois canhões ponto oitenta na frente, leva até 6 combatentes com equipamento, voa abaixo do radar, suas quatro turbinas vão a 600 km por hora, no modo silencioso de vôo, tem scrambler para telecomunicações e sistema anti-míssil com flares de alta intensidade e névoa metálica de flandres.
Estas são as instalações do inimigo, numa ilha no Pacífico Norte, há um ponto cego da vigilância aqui, o combustível das lanchas e motos de motocross fica nesse pavilhão ao norte, ao lado dos computadores (sempre).
A maioria dos livros são assim também, um narrador desata os nós, abre as caixas e acende a luz do corredor, apontando onde fica o banheiro. Ler não é um exercício muito pesado, vamos combinar.

TRUQUE FEITO COM ESPELHOS

NOVEMBROTHER

Está a se esvair a vida das veias deste novembro. Que repouse em paz, não vire zumbi e volte pra nos incomodar lá em abril do ano que vem.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FIGURA, FIGURÃO, FIGURINHA

Encontro um cara na rua e o cara mal me cumprimenta. Eu compro dele sempre, poxa, minha agência tem doze pra treze anos, há mais de década, não é grande coisa, é budget de cliente pequeno mas constante, soma tudo e... o camionetão importado dele fui eu que paguei! E ele me pergunta como eu estou? Se a mãe tá melhor? Se a frente fria traz chuva ou não? Nada.

Esse pessoal poderia ser muito, mas muito mais rico se tivessem UMA, apenas UMA pessoa atenta ao lado deles. Alguém que desse uns toques.

Mark Twain, o famoso escritor estadounidense combinava com a mulher uma série de códigos. Eles davam muitas recepções em casa, pois o seu Samuel Langhorn Clemens (nome real de MT) era muito conhecido, e então, se num sarau ele começasse a se gabar demais, a mulher pegava um lenço com a mão direita, algo assim. Se ele emendasse uma cascata na outra, ou mesmo falar demais por si só, ela dizia uma palavra-código dentro de uma frase e ele se controlava.

Só pra lembrar:
Muito, muito mais ricos. Com muito, muito menos mancadas.
Invista em um Grilo Falante, Pinóquio.

Na imagem, Nova York quando Mark Twain lá esteve pela primeira vez, em 1853.

CALAMÉLO

LEIAM ANTES QUE VIRE PÓ

Keith (kif) Richards lançou sua autobiografia. Vida, Ed. Globo está sendo lançado no Brasil, 600 páginas, veijem o que o Zeca camargo diz por sobre:


Você, talvez como eu, também duvidava que Keith Richards seria capaz de lembrar de momentos marcantes para contar numa biografia? Pois não se preocupe: com a ajuda do jornalista James Fox, “Vida” é um dos mais deliciosos livros que li este ano – e parte desse encanto tem a ver com o fato de você ter que se convencer o tempo todo que aquelas histórias, nunca menos que fantásticas, não são ficção…
A começar pelo primeiro capítulo, que traz, de cara, um episódio em que Keith, seu colega de Stones Ronnie Wood, e mais um amigo são presos por envolvimento com drogas, em 1975, enquanto cruzava o estado norte-americano de Arkansas. “Envolvimento”, aliás, é pouco: os caras tinham drogas jorrando pelos poros – sem falar do que estava escondido no carro. A polícia, no entanto, sabia que tinha umas figuras meio “famosas” nas mãos, e sem decidir se era mais importante colocar todo mundo na cadeia para “dar o exemplo” (na época, acredite, eles não eram muito bem-vindos nos Estados Unidos) ou evitar a enorme repercussão que o caso inevitavelmente traria. Não vou contar o desfecho porque tenho certeza que você vai se divertir tanto com a história quanto eu. Mas quero só ressaltar que a escolha desse episódio para abrir o livro não poderia ser mais feliz, pois ele dá o tom das centenas de páginas que vem em seguida: honesto, íntimo, pessoal, bem-humorado e até leve. Especialmente quando se leva em conta que, aos ingredientes básicos de qualquer boa história de roqueiro – sexo, drogas e rock n’roll – Keith acrescenta mais uma sem qualquer cerimônia: armas!
Tudo de mais bizarro que você pode imaginar que acontece nos bastidores de uma banda como os Rolling Stones, bem, acontece. E depois vem as coisas que você nem imagina! Pelas páginas “Vida”, você encontra casos escabrosos o suficiente para, se não chocar, pelo menos enrubescer  mesmo o mais devasso dos “roadies”. Mas isso, acredite, não é nem o melhor do livro…
O que mais divertiu esse fã tardio dos Stones – confissão: só comecei a me apaixonar pela banda no final dos anos 70 – foi o olhar de Keith sobre as pessoas a sua volta. Mick Jagger, nesse sentido, é, claro, a atração principal (já falo mais disso). Mas preciosas observações brotam também da dinâmica da banda – em suas diferentes formações –, e sobretudo sobre sua família. Mamãe e papai, Doris e Bert, são constantemente citados. Ela, pela curiosa inspiração musical (Richards tocou “Malagueña” para Doris no seu leito de morte); e ele pela relação interrompida e retomada, contada com tanto carinho, que a gente quase acredita na versão que ele dá para a notícia de que ele teria cheirado as cinzas de Bert (que, ele garante, não estava misturada com cocaína). Quase.
Keith também é generoso com a família que veio depois. Se você acha que tem uma relação conjugal tumultuada, recomendo em especial a leitura dos conflitos do Stone com sua primeira mulher, Anita – você nunca mais vai reclamar de nada! Pasme: segundo Richards, ela conseguia consumir drogas em quantidades cavalares (e olha que para ele dizer isso…). Por toda a loucura que era o casamento, eles até que ficaram juntos um bom tempo – e superaram até mesmo a morte do segundo filho, com pouco mais de dois meses de vida. Tara teria mais de trinta anos hoje, e Keith admite que ele não sai de sua cabeça. Para ambos, Keith tem palavras de carinho – à sua maneira. Sobre Tara:
“Nunca cheguei realmente a conhecer o filho da puta. Talvez tenha trocado a fralda dele umas duas vezes (…) Mas deixar um recém-nascido é algo que não posso me perdoar”.
Sobre Anita:
“Hoje em dia Anita e eu podemos sentar no Natal com nossos netos e trocar um sorriso perplexo: ‘Oi, sua vaca velha e idiota, como estão as coisas?’. Anita agora está bem. Ela se tornou um espírito benigno. É uma avó maravilhosa. Conseguiu sobreviver. Mas, querida, as coisas poderiam ter sido bem melhores”.
Keith separou-se dela depois de um inacreditável incidente que envolvia Anita, seu filho Marlon (ainda adolescente), um namorado de Anita de 17 anos, uma roleta russa e alguns miolos no chão da mansão onde eles moravam. O episódio é tão sinistro, que você entenderia se Keith não quisesse nunca mais casar com alguém. No entanto, as mulheres não paravam de passar por sua vida. Como ele conta a certa altura do livro, a iniciativa era sempre delas: “Eu nunca dei uma cantada numa garota na minha vida. Simplesmente não sei como fazer”. Seu sucesso com as mulheres sempre o deixava surpreso. A melhor evidência disso, foi o texto que ele mesmo escreveu num diário, quando conheceu sua atual mulher, Patti Hansen:
“Parece incrível, mas eu encontrei uma mulher. É um milagre! Transas eu consigo num estalar de dedos, mas eu encontrei uma mulher! Inacreditavelmente, ela é (fisicamente) o espécime mais lindo do PLANETA! Mas não é só isso! É claro que a beleza ajuda, mas é a cabeça dela, sua alegria de viver e (miraculosamente) ela acha que esse junkie acabado é o cara que ela ama”.
Incrível mesmo, mas foi Patti que “deu jeito” no tal “junkie acabado”… Na entrevista com ele, esse foi nosso primeiro assunto – inevitavelmente, talvez. Keith parece estar mudado, “limpo”, e quer convencer você de que não quer mais emplacar a imagem do cara decadente que, aliás, ele mesmo ajudou a formar. Veja este outro trecho de “Vida”:
“A imagem é como uma longa sombra. Mesmo quando o sol se põe, ela continua ali. Acho que uma parte disso vem de haver uma pressão para você ser aquela pessoa a qual e tornou, talvez até o ponto em que você não possa suportar. É impossível não acabar por ser uma paródia do que você pensou que era”.
Keith Richards, arrependido? Dificilmente. Mesmo sobre esse passado de drogas pesadas – as mais “punks” ele garante que abandonou há anos – ele não tem problemas em assumir seu “currículo junkie”… Nesse sentido, sua carreira (com duplo sentido, por favor!) começou logo depois de os Stones estourarem: “E claro, no início de 1965, começo a ficar chapado – um hábito de vida inteira”… Mais adiante, já nos anos 70, quando as drogas faziam parte da rotina, ele assume: “Se eu contasse o número de vezes em que me virei e vomitei atrás dos amplificadores ninguém acreditaria” (em seguida, conta que Mick e Ronnie também eram bons nisso). Até que um dia ele chega à conclusão óbvia: “A maioria dos junkies se torna idiota. Foi isso que eventualmente me fez mudar de vida”. E acrescenta: “Ninguém se torna um herói só porque usa drogas. Herói é quem consegue se livrar delas”.
Só existe um assunto no livro sobre o qual Keith fala com mais entusiasmo do que as drogas – a música. “São bebês”, escreve ele, justificando que algumas de suas composições já tem 35 anos e “eu ainda não as terminei”… Confessa ainda que “Satisfaction” é uma música “danada” de tocar no palco: “Por anos e anos nunca a tocávamos”. E admite que “Exile in main st.” talvez tenha sido a melhor coisa que os Stones já fizeram. Além de desfilar uma verdadeira árvore genealógica de músicos do século 20 – e alguns do 21! -, Keith ainda esbanja referências musicais em todos os capítulos (não se esquece nem do mega show na praia de Copacabana, em fevereiro de 2006 – um dos maiores da história do rock). “Tudo que sei, aprendi com os discos”, assume.
Os discos só não ensinaram Keith a ter uma boa relação com Mick Jagger… Aliás, foi por causa dos discos, ou ainda, da música, que a relação maravilhosa que eles tinham começou a degringolar. Quer uma prova só, entre tantas que ele dá no livro? “A grande traição de Mick – que eu acho difícil perdoar, uma atitude que pareceu quase deliberadamente planejada para acabar com os Rolling Stones – foi quando ele anunciou em março de 1987 que estaria saindo numa turnê do seu segundo álbum, ‘Primitive cool” (no lugar de fazer uma excursão com a banda). “Era um tapa forte demais na nossa cara”…
Foi isso então: Mick quis se dedicar mais à sua carreira solo – e ainda começou a implicar quando, mais sóbrio, Keith começou a dar palpites no destino da banda. “A frase que Mick costumava usar naquela época e que continua ressoando nos meus ouvidos até hoje é: “Cala a boca, Keith”. Aí a coisa realmente desandou. “Deve fazer uns vinte anos que eu não vou ao camarim dele”, confessa. Entre outras coisas (a referência ao tamanho do órgão sexual de Mick é muito sutil), Keith chama Mick de desconfiado, traidor, artificial, e ainda o acusa de ter perdido seu ritmo natural: “É quase como se Mick estivesse aspirando a ser Mick Jagger, correndo atrás do próprio fantasma”.  Mas ele não odeia o companheiro… Sério! Aqui vai sua explicação:
“Talvez Mick e eu não sejamos amigos – nosso relacionamento está muito desgastado para isso -, mas somos os irmãos mais chegados, e esse é um vínculo que não pode ser cortado. Como você pode descrever uma relação tão antiga? Melhores amigos são melhores amigos. Mas irmãos brigam”.

JO-ANN-KELLY

Foi assim, eu estava passando na calçada e ouvi aquela voz:
- Vocês não podem me negar uma mesa neste restaurante de merda! Eu sou Jo-Ann-Kelly, a maior voz inglesa do blues! Seus merdas!

E era mesmo. A voz da mulher, parecia ter mil anos a mais do que a sua dona, que estava no fim da vida, ainda com o fogo do pântano explodindo em seu pescoço fino.

- Desculpe, não pude evitar de ouvir, a senhora é Jo-Ann Kelly? A que gravou "Come to my kitchen?" sabe que eu tinha medo de ouvir seus discos, pois eu via umas imagens muito estranhas ao escutar as músicas? Do mesmo modo que ao ouvir o Bob Marley eu vejo a figura de um leão, ao colocar o Miles Davis eu vejo um cão vagando sem dono, com suas músicas eu vejo um homem negro e velho, que abre uma porta numa parede onde não havia nada.

- Olha, como é seu nome?

- Renato.

- Olha, Renato, muitos me falam que enxergam esse homem, em diferentes situações. Não é meu parente, pois eu sou branca e toda a minha família é assim. Quem sabe não é Deus, convidando para jantar em sua cozinha? Sim, porque nós somos os seus servos, não é mesmo?

- Pode ser. Escuta, o que houve no restaurante ali?

- Disseram que não havia reserva com meu nome, eu tenho certeza que fiz. Pedi para a telefonista do Hotel Imperial fazer a ligação para essa baiúca aqui!

- Mas o Hotel Imperial foi demolido há mais de vinte anos! A... cadê ela?

No que olhei para o lado e me virei de volta, a velha senhora tinha desaparecido. Corri até a esquina, não havia ninguém, todas as lojas estavam fechadas, mas eu juro que ouvi o som de uma porta se abrindo. E, a seguir, sendo fechada.

GATOS ANTIGRAVITACIONAIS





EU ESSE-DOIS O MEU IDIOMA

Pointão:
Uma vez eu vi uma guria numa locadora de vídeo, convidei ela pra jantar e tal.
Peguei ela de motibas em casa, levei pra minha cafófa.
Fiz um jantarzinho, depois fomos escutar música na sala.
Lá pelas tantas, cheguei no pescoço e subi, ela tascou:
- Na ORÊIA não!
Indabem que meu filtro cultural se desconecta quando a piça tá ligada. Ou costuma fazer isso.
Daqui a pouco ela me sai com outra:
- Ainda bem que tu cozinhou, porque eu tenho TÉDIO de cozinha! TÉDIO total! Acho que no mundo não existe alguém com mais TÉDIO de cozinha do que eu!
Aí foi demais. Botei a guria na garupa da ML e fui sem dizer nada até a casa dela, longe pacas, larguei na porta e nunca mais vi.
Há uma semana, num jantar de clientes, ela e o marido sentaram na nossa mesa.

Saber escolher as palavras ( e o que elas significam) mostra a qualidade do jogador.
Quando alguém se aventura no mundo da linguagem, é bom ter um apoio na hora de escolher as palavras. Os neófitos poderão se embananar com palavras acima de duas sílabas.
Por exemplo, ESCATOLOGIA. Fui no meu Houaiss (se diz Uais) querigens e lá diz: Tratado SOBRE excrementos, do grego skatos, ta, ta.
Pois assim sendo, quando alguém quer dizer que o outro fala merda, no sentido figurado, NÃO É escatologia. Escatologia é quando a coisa versa sobre o tolete em si.
Senão, vejamos:
O cara dizer merdas do tipo:
"Raios cósmicos são uma das principais causas de câncer em pilotos de jatos comerciais" (além de ser o que criou o quarteto fantástico).
ou ainda:
" A celulose faz aparecer os veios brilhantes da madeira".
E indainda:
- "Guitarras podem ser feitas de todos os materiais: Granito, concreto, plástico, eixos cardã de Chevrolets '51, muletas, metralhadoras e skates"
NÃO se configura em escatologia.
Escatologia, novamente, é SOBRE o produti:
- Ele extrusou uma baciada de churros sabor olho de porco.
- Eu tava com caganeira e fiz aquilo que o Belzéba serve como Granola em sua lancheria natureba na orla do rio Styx.
Isso é escatologia. Aquilo que faz as mulheres repetir o seu mantra "kinôjo!" hahaha
Não sei (vou ver depois) se na escatola conta também secreções, mucos e gulesmas em geral.
Recomenda-se aos críticos que enriqueçam seu léxico antes de colocar o foguete na plataforma de lançamento.
Aliás, segundo meus afodismos, há um que diz:
"Para se fazer uma crítica decente, tem que ter base. Mas quanto mais base se tem, menos inseguro se fica e consequentemente menor necessidade de criticar."
É isso, obrigado por seu tempo, pois realmente, tem razão o profeta-sábio-visionário quando afirma:
O espécime primata encontra-se incapacitado de focalizar a extensão preênsil que deriva de sua própia coluna vertebral.
Amplexos, Genuflexões e Polichinelos a todos.
Tuta

COMEÇOU

Fiz dois quadros neste final de semana, eu tinha os suportes, fiz um cavalete e peguei umas tintas que tinha lá no galpão e comecei. Esta peça tem quase 1,5 x 1 metro.

STSANDERS, VOCÊ AINDA VAI GOSTAR


Olha o StSanders, um cara que cria música a partir do que mostra o clipe. Se gostarem, tem vários outros no canal Youtubiano do carildo, Van Halen, Steve Vai, etc.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

GOURMANDERIE

LOLÔ

Lolô

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CHINELAGEM TURBO


























terça-feira, 23 de novembro de 2010

MAMIÓ


Não dos melhores layouts, mas a idéia é boa, minha mulher me disse e então eu também acho boa, Lombardi! Lombardi? Lom... ih, o Lombardi morreu! Sai pra lá, sai pra lá, sai pra lá!!!

SÓ PRA QUEM VIU

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NUM GUENTO

O VERDADEIRO CINTO DE UTILIDADES

SE ME CHAMAR DE MANETA DE NOVO...

A MELHOR INVENÇÃO DO MUNDO

UM APRÉCIO

Já faz um tempinho que parei de juntar tralhas, mas estas miniaturas da hot-toys estão muito boas. Check out the siten: http://blogdebrinquedo.com.br/tag/hot-toys/


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domingo, 21 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

REGRAS DA PISCINA

Pool é o termo para definir em inglês um bunch, ou um pack, traduzindo, um bando, um grupo. Me acuriosa, do verbo acuriosar, como um pool de patrocinadores, por exemplo, do Campeonato Brasileiro, Stock Car ou Fórmula 1, fazem suas propagandas sem entrar no estilo um do outro. Explicito: Um patroque faz um comercial com animação, outro faz com crianças em câmera lenta, o terceiro envereda para o humor, o próximo usa street dance e graffiti, tem o da gostosa, e o último faz stop motion. Imagino os caras numa sala, discutindo a relação.
- Bom, pessoal, nós estamos aqui de novo pra...
- Este ano eu quero o comercial com humor!
- Porra, ano retrasado tu teve humor, tão engraçado quanto o funeral dos Mamonas.
- O que tu quer? Aqueles teus bonequinhos só não ficaram piores que o do Guaraná Dolly!
- E eu quero a gostosa, eu sabia que tu não ia querer!
- O que tu qur dizer com isso, porra?
- Ei, ei, gente, quem vai ficar com as crianças?
- Eu não vendo nada pra elas, e já fiz dois anos de jovens de roupas surradas dançando que nem loucos na rua. Como se as calçadas estivessem cheias de gente feliz e descolada.
- Pessoal, eu quase não dou palpite, mas...
- Então te fecha!
- Vai tomar no cu! A câmera lenta e o locutor sussurando sempre sobram pra mim!
- Então pega outra coisa! pega isso aqui, ó, e te diverte!
- Filhadaputa! Vou te mostrar o que tu precisa!
- Aaaaai desgraçado caralho vai te fuder seu merda!
- A tua mãe não me acha tão ruim...
- Vai te fuder, caralho!
- Aaaaaaahhhh! Meu olho!
- Toma, seu merda!
- Porra!
- Tum! Blufe! Piiiiiiiiii... Tzzzt!

EM BANTU: DUIÚ RIMÊMBA?

O som da rua vai sumindo enquanto a gente vai passando no corredor até a porta. Chaves chacoalham fazendo o alarme do silêncio que viria a seguir. No centro da cidade, um antigo escritório, de uma empresa de fumo, que nem existe mais, é aberto após muitos anos fechado.
Imensas salas vazias, estou no Quake, nas paredes as marcas das gentes que fizeram tanto barulho ali dentro, por décadas. Corredores, salas, cozinhas, um labirinto sombrio esquecido, de repente tirado do seu sono por quatro qüeras. O primeiro trouxe um tambor muito grande e uns pequenos, se instalou no fundo da maior sala. O segundo e o terceiro trouxeram instrumentos de corda, um grande e um pequeno. O quarto, um baixinho que mancava, trouxe um pedestal e um instrumentinho minúsculo, onde ele gritava. Cada um fazia uma coisa, mas eles não se achavam em lugar nenhum. O melhor de tudo era que, depois do ensaio, os amigos iam correr com carrinhos de transporte nos pavilhões cheios de sacos de fumo, saltar de pilhas de três em três metros, assim era um ensaio do Sapo de Plástico nos anos oitenta. Não é à toa que a gente não aprendeu a tocar, a gente tava ocupado se divertindo. Na foto, o Bolori, bloco-nave-mãe de bandas como Iuri e Los Capachos, Al-Zeeras e Párias da Sibéria, entre muitas outras.

BILL BRYSON

Depois que li o Breve História de Quase tudo, do Bill Bryson, que se deu ao trabalho de contar a história do universo do big bang até agora, puxei a cordinha e o motorneiro parou o bonde na estação doisdoisdoisdoido:

Os átomos começaram a se unir em substâncias simples, a seguir foram se tornando mais complexas e mais intrincadas, por uma força que ninguém sabe qual é. Por que a vida não ficou no líquen, que vive séculos nas rochas do mar, tranquilo, quase nada incomoda, por que continuou a vida a se sofisticar, se assim já tava de bom tamanho? A história do universo se repete em cada coisa que acontece, a gente nasce simples e vai se complicando com o tempo, a semente é simples e vai dar uma árvore complexa, que transforma luz do sol em comida, puxa, cada folha de grama é uma pedra filosofal (aquele treco dos alquimistas que transformava chumbo em ouro, saca?). No vasinho de flor da sacada tem um ser alienígena que faz coisas consideradas um milagre termodinâmico. (goooooooooogleeeeee). Tudo isso enquanto fumo um cigarro e me preparo pro almoço.

ALMOST CUT MY HAIR OU FAZER O BÊLO.

Ligo pro barbeiro, o Lauro, ao lado do posto de gasolina, o Lauro faz cabelo, faz barba e bigode e só atende com hora marcada, pois. Ele me responde que no sábado, só às 4 da tarde tem horário.
Vou lá cortar meio milímetro. Só gente de cabelo comprido pode ser racista. O que mais oisco é pêlo-duro se achando os alemão... deixa o belinho crescer pra gente ver o quanto de bugre tem nesse corpo. Um turbo-amigo sempre me diz que a miscigenação é a nossa fraqueza. Eu digo que é a nossa fortaleza. Mas eu tô sozinho nela, ando pelos corredores, olho as guaritas, checo os canhões ponto cinquenta, faço as contas no paiol, um ranguinho no imenso refeitório vazio, a maioria das pessoas são uns faniquitantes por asco a coisas que só conhecem pela impressão alheia. Que se achem e se sintam assim, então, se isso lhes dá tesão. Dá menos trabalho simplificar tudo.

WE ARE FAMILY

Ja contei que tenho dois primos, os irmãos Elizabeth e Taylor. Pois dia desses contei de outros primos para a Naira, e ela sacou a parada, olha só: O Alan e a Rita são os filhos da minha madrinha Alda, que é a Rena Titañon da minha família, uma super-heroína sem alter-ego. Pois a Naira matou a charada na hora: Alan (Alain) Delon e Rita Hayworth. Eu nunca tinha me dado conta disso. Valeu, Bicuda.
Ah, Rena vem de Renata. Ela foi lutadora de tele-catch, campeã de tudo, foi derrotada uma vez pela Vicky Glory, que vem a ser a tia de Maggie Chascarillo, mecânica de foguetes e amante da Hopey, punk de periferia que foi criada pela Isabela Ruebens, irmã de Pedro Libre, também conhecido como Speedy. Personagens de quadrinhos também têm parentes.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TATOO YOU VOCÊ


A menina me mostra sua nova tatuagem. Um ramo verde no pulso esquerdo. Eu tive que ler um livro inteiro pra descobrir que o símbolo da mão esquerda é um ramo verde - estou fazendo um mapa de símbolos antigos e sua relação com o corpo - ela só seguiu seu instinto e fez a coisa certa.  Aliás, eu curto até não mais ver as coisas surgindo. Por exemplo: o Fernando, desenhista da www.gazetadosul.com.br , descobriu por si, técnicas que passei anos na faculdade desenvolvendo na marrumba. Fiz semestres e semestres de materiais, design, sensibilização de superfícies, perspectiva, geometria, passamos todo o curso do Bruno Munari na faculdade de design de Harvard, e o cara descobre tudo olhando os Simpsons. Issoaí. Caminhos diferentes para chegar anli e falar da mesma coisa. Hoje, pra mim, ele é um dos melhores ilustradores que já vi, comparável a um Ziraldo ou um Pavanelli, tá bom, um Spacca então. Estou esperando a primeira Graphic Novel do cara.

RENATO NO RELATO

Eu estive no Peru, o país. PPP. Pausa para piadinhas. A bandeira Vermelha e branca: O branco simboliza o chão, o vermelho, o sangue. Milhões morreram lá, e nada vai mudar. Lá, não tem aposentadoria, não tem SUS, não tem esgoto, a energia elétrica é precária. As pessoas vivem em casas de tijolos feitos de terra. Se chover muito, desmancha a casa. Se ficar doente, matam um tipo de pássaro e te dão o sangue dele para beber. O cara rico passa cal na fachada. A propaganda política não usa números nem nomes, só figuras. Quase todo mundo é analfabeto de pai e mãe. Votam na Cabeça de índio, na panela de barro, na folha, no galo, no peixe, coisas do cotidiano. Contraste com a vista: é bela e grandiosa, montanhas gigantes espetam o céu, que encolhe a barriga quando passam por elas. Algumas fumegam neve com o vento, ficando mais demoníacas ainda. Sim, uma montanha destas dá a vida, mas também pode te tirar ela (que nem o pau). Tem umas animalas de gelo eterno de até 5 mil metreiras.
Pra plantar, já que segundo el guia, foi feita a reforma agrária e o povo ganhou chão pra viver, eles têm que alternar os canteiros com valas de água, porque tem geada toda noite, que queima o brote e mata a planta, assim a proximidade dos córregos cavados no muque não deixa o orvalho congelar. Tecnologia. Verde, louca pra ficar madura. Em compensação, o chão é puro húmus, as sementes se arrebentam e as plantas fazem a maior festa. Eles plantam mais de 80 variedades de batata, com sabores diferentes, e muito mais de milho, cada um com características e receitas.  Comemos ensopado de lhama numa vila, turístico mas numa comunidade real, tomamos suco de cacto, sagu de milho, tão bom quanto o nosso, vimos muita coisa, afinal foram quase 800 km de busão pelo interior do Peru (PPP). O banzo tinha até cilindro de oxigênio, ao lado das nossas poltronas, fomos brincando de tenda de oxigênio do Michael Jackson até o Lago Titicaca, Se alguém acendesse um cigarro, o buzo entrava em órbita, acertava em cheio na estação espacial!
Sim, sim, a capital Lima é Bactrim e modernuda, está na mesma latitude de Nova York, então sempre foi entrada de americanos na América Latina, encontrei o ator da série CSI, Gary Dourdan, não lembrei o nome na hora, mas o negão com violão nas costas, veio curtir o lugar... Voltando, o Titi-k-k é metade do Peru, metade da Bolívia, onde tem gasolina quase de graça, então é o maior canal de contrabando do mundo, com suas ilhas flutuantes, feitas da mesma totora do Capitão Cook o descobridor do surf, onde mora gente há mais de cem anos.
Bom, posso dizer que conheço o Peru por dentro. Puromenas isso.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A LÓGICA AVISA:

O Departamento de Lógica e Outras Coisiquilhas Mais ou Menos Malfeitas informa:
Se, como se diz, a mente é superior ao corpo, por que a maioria das pessoas que vive o HOJE, século vinte e uns, tem a mente regulada pelos padrões de séculos atrás ????????????????????? Digo, porque falo com um menino que é um radical do século XVII, com uma moça que a cabeça parece estar no tempo do Brasil-Colônia, conversei com uma guria grávida que está em 1930, pelo jeito eu estou em 2.500 antes de Cristo imaginando que moro numa cidade onde se planta fumo, que existem aparelhos que nos permitem conversar em tempo real, com uma tela cheia de cores e formas, com muita mulher pelada... não, é imaginação mesmo. 
Isso vai levar uns quatro mil anos pra acontecer. E quem vai querer ver mulher numa tela se as ruas tão cheias de mulher bonita?

HISTÓRIAS DESINTERESSANTES - 1

Estou sendo atendido no caixa do supamercagens, a seguir vem uma cliente que é também funcionária da empresa. Aí falta troco, o empacotador vai pegar, e ela pergunta pra moça do caixa:
- Cortou de novo?
- Cortei, só a parte de cima (bota a mão no cabelo vermelho reluzente recém-pintado). Parece o penteado de um personagem de mangá. A guria tem uns 20 e poucos anos, quase 100 quilos. Rosto magro. Acontece.
Mostra o anel no dedo.
- Voltaram?
- Não, eu comprei aqui na lojinha de bijus do mercado, parece, né?
Chega o troco, pego minhas sacolinhas destruidoras de meios ambientes e me mando. Da última vez que estive naquele supermercado, bati o carro num fuca. O conserto do Volks saiu mais que valia o folques.
Mas eu não sou supersticioso. isso é viver no tempo dos guerreiros que dizem NI.

F- UM -DOIS-ZERO-DEZ


Foi uma temporada de muitas gozadas, cagadas e mijadas.

O GATO QUE AVÔA

O SUBINHO do LÓIA caiu da janela do quarto andar. Tem um ninho de passarinho na caixa do ar condicionado do apartamento de baixo, ele tentou chegar lá e foi apresentado às leis Newtonianas. E não está mais a fim de passarinho, ok?
Encontramos o Subi no meio de umas folhagens, ao lado de uma poça de bosta, ele se cagou de dor. Está mancando um pouco e tá dando uns sobressaltos quando dorme.
Bem-vindo ao mundo do medo.
Tu vai sobreviver. Não tenho fotos dele agora, mais tarde posto.

AGORA SIM, 2.800 POSTS

Engraçado como os números são exatos, mas em grandes quantidades as coisas erradas, imprecisas, vesgas, tortas e manquitolas começam a aparecer. O provedor do blog conta posts que não foram publicados, então tenho que fazer contas para saber as contas. Agora silda: pra comemorar o post 2.800, um bolo.
E o Cake não terminou ceroulas e cenouros: Depois de 6 anos fazendo shows pelo mundo, lançaram uma música nova. Isso é que é estar em forma. Mas compor é uma coisa muito especial, eu faço uma música a cada 50 anos, daqui a um tempo vem a primeira.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

70x40

Tamos chegantes aos 2.800 posts, pra comemorar, um curta metragem do Spike Jonze, que dá o tom dos fimes de hoje, uma mistura equilibrada de tecnologia com tosqueira, o efeito que é corriqueiro mas não toma conta de tudo, a sutileza na dosagem da mão do artista, que é o que vale mesmilho no final das congas.



Para as outras partes, clique nas telinhas ao final desta.

BIP-BIP-BANG-BANG

Seguinte, trailer do filme a partir da Graphic Novel COWBOYS & ALIENS.


WE ARE FAMILY

Encontrei meu filho, minha nora e a mãe dela, ficamos um bom tempo (tempo bom, embora chovesse) papeando, botando os assuntos em dia, tarefa que por mais comprida que seja, nunca será cumprida. Gostaria de fazer 1% a eles do bem que eles me fazem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

HM

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SALVE O PLANECA

DONA ARVORINA - THE TREE WOMAN

Pé na estrada, fomos visitar uma irmã do meu sogro, que, a saber: tem irmãos de dois casamentos do seu pai. O véio Adelino, avô da minha mulher, tirou cria da primeira mulher, que morreu no sexto ou sétimo parto. Não satisfeito, porque naquele mundo há mais de cem anos, o cara ter só meia dúzia de filhos já podia ser chamado de fresco, então carcou uma substi e embuchou nela mais umas sete ou oito criaturas. A primeira figurinha deste novo álbum era o meu sogro, José "Zé Taquara" Santos de Moraes.
Chegamos na casa da irmã dele, Arvorina, 92 anos, do primeiro casamento do seu Adelino. Ela está com a mente perfeita, uma mulher cujo marido morreu com doze anos de casado, deixando-a com oito filhos pra criar. Três deles são cegos, surdos e mudos. Todos estão vivos e moram com ela. São crianças, uma menina A Maria de 54, o Eni um guri de 64 e o Adão de 72 (sim, ele tem uma irmã chamada Eva). São doces criaturas, só notam que a gente tá na sala se a gente tocar na mão deles, senão ficam ali, quietinhos, tomam um copo de guaraná e comem uma bolacha. Parênteses aqui para aquele papo podre que sempre sai entre as mulheres: "Por que os filhos não ficam assim, sempre crianças, não é mesmo?"
Pois tem gente que deseja pra valer e acontece de verdade.
E o sonho de um é sempre uma tragédia se envolver alguém além do sonhador.