quinta-feira, 18 de agosto de 2011

FALANDO COM O VENTO



Recebo em vários e-mails esta frase fascista e cretina de um suposto jornalista, cês devem ter visto também:


Que país é este que junta milhões numa marcha gay,


outros milhões numa marcha evangélica,


muitas centenas numa marcha a favor da maconha,


mas que não se mobiliza contra a corrupção?
(07/07/2011 Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País)


Respondo pro seu Arias, que devia cuidar da pocilga inculta de onde deve ter sido chutado: Um amigo que voltou da Espanha me disse que a TV aberta do seu país é um SBT piorado. Não, isso não é possível. É?

Passa um vidrex nessa mente, seu Juan, isso é o primeiro mundo, cidadãos preguiçosos e preocupados apenas com seus prazeres e suas ideologias. 

Lembra dos americanos em New Orleans, com a casa derrubada e eles no meio dos escombros, gordachos sentados em suas poltronas do papai, como se o Kentucky Fried Chicken da esquina ainda estivesse de pé, a TV por satellite dish funcionasse e o ar condicionado estivesse ligado, mesmo sem as paredes? Pois é, estamos chegando lá.

Corrupção é da natureza humana e não se pode extirpar esse órgão sem matar o hospedeiro. A ONU, aquela naba, calculou, há alguns anos, que 15% do dinheiro do mundo - desse mundo, em Marte há sinais de água, mas nada de corrupção, ainda - é necessário para "lubrificar" o sistema, como diria o Amaury Junior. Note que eu disse desse mundo, os países limpinhos e puros (os ingênuos acham que eles existem) também são sujos, olha mais de perto.

Ninguém suborna um inútil num cargo raso. Toda propina, o famoso molha-mão faz o sistema andar, bem ou mal. Se a ONU diz que e 15%, deve ser 30%.

Desculpe eu pensar de maneira independente e que difira da opinião do senhor, que entende tanto do meu país e da minha sociedade e deve saber bem mais que eu, já que eu só nasci e vivi aqui. Aliás, já que o senhor sabe tanto, me diga onde foi eu deixei meus óculos de sol?


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