COMO MOSCAS

Morremos como moscas.
Caímos em armadilhas como moscas.
Morreu o Sid Mosca.

Vi uma empresa cujo slogan é "Assim como você, blablabla..."

O quê, tá querendo me comer? Vai empulhar o rabo da tua mãe, babaca! KUAKUAKUAKUAAAA!, Olha, acredito que nem se deram conta, afinal de contas, como eu. Estão dormindo.

Desculpa, mas precisa mais do que ser alfabetizado para escrever um slogan, um projeto, um texto, uma frase, uma palavra de ordem. Tem que ter método, técnica, estrutura, noção de tempo, conhecer emoções, ser filho da puta, ter tomado um soco na cara, ter bebido todas e vomitado, ter sido atacado por um cachorro, quase se afogado, ter roubado e sido assaltado, essas coisas que se faz em games hoje. Mas os clientes aprovam esses trocadilhos de quinta categoria, menos mal que não são os meus clientes.

Certos redatores a gente tem que compreender. Escrevem sobre o prazer de ter um carro e andam de ônibus, querem motivar alguém e ofendem todo mundo, e tão-somente, querem falar sobre algo que nunca experimentaram. O silêncio seria mais proveitoso.
Mas pode notar, todo mundo acha que à distância se enxergam melhor as coisas.
Pega qualquer filme policial, de ação, vai ter sempre uma central escura, cheia de telas de TV e monitores, longe do local dos acontecimentos, onde está o chefão da polícia ou do crime, um covardão que não quer se expor e coloca a vida - e o pior, o emprego - de todos em perigo.

Mas a vida é longa, todo mundo um dia vai falar sobre o que entende. Na já real, fazem hoje, sobre os outros. Qualquer um sabe todos os defeitos dos outros. O brabo vai ser quando começarem a encarar os seus. QUEEEE? EU? CAPAZ.

Reito e redundo redondamente:
Não vai ter antidepressivo o bastante para a humanidade.