domingo, 20 de março de 2011

O FÃ DO LED

Eu tinha uns 16 anos e um dia cismei de montar um balcão onde estariam meus dois toca-discos, um era um prato mesmo, o outro foi retirado do três-em-um da família, o meu tape deck JVC japa que era tropicalizado com uma logomarca brazuca na frente de alumínio, e no topo, uma tv 14 polegadas que o pai ganhou numa rifa e ninguém usava. No meio, um mixer que eu mesmo construí, mandei fazer uma caixa de metal na funilaria do seu Moltz - onde alguns anos mais tarde eu iria encomendar os tambores da bateria do Sapo de Plástico - e enchi de potenciômetros e chaves comutadoras. Tinha um pequeno amplificador para os fones de ouvido e permitia fazer pré-escuta, ouvir nos fones o que iria tocar a seguir.
Eu apagava as luzes do quarto e ficava curtindo o som e aquelas luzinhas dos aparelhos, os VUs, e a grande novidade, o LED, um tempo depois fiz um LED meter, duas barras de luzinhas vermelhas que indicavam a intensidade do som, hoje tem em tudo que é pareio, naquele tempo era no go. Hoje, em cada canto da minha casa tem um amontoado de luzinhas, dos modems, dos notes, dos uaireléces, carregadores, monitores, parece uma suruba de vagalumes!
Isto tudo porque estive no paraíso dos geeks, a loja Severo Roth, a nossa Radio Shack. É impressionante como ver uma simples chave liga-desliga ou um rolo de fio colorido pode te fazer viajar no tempo.

Um comentário:

  1. Me lembro de nossas conversas de eletrônica e tudo o que tinha LED era legal, até o Led Zeppelin.
    Vários foram os projetos naquela época, lembra? Desde pedal de distorção, até amplificador, passando por transmissor de FM e outras tranqueiras mais...rsrsrsrs
    Sim. Bons tempos.

    sandoval

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