quinta-feira, 9 de julho de 2009
QUE BONITO, SEU RENATO!
Ao fazer um trabalho, encontrei um antigo job que foi rejeitado pelo pretenso cliente, outra agência acabou pegando a conta.
E eu vi onde errei-me: Tenho a mania de querer vender, usar cores e palavras intensas pra dizer o recado na janelinha de atenção que disponho, seja na tv, na internet, num impresso, num viral, numa mensagem SMS, seja o que for. Quem ganhou, fez tudo em tons pastéis, linha bem fêmina, com os grafismos florais da moda, que só servem para encher linguiça. No entanto, a intenção é vender. Burro eu, que vivo neste mundo e não vejo que ele é dissimulado, você tem que ser selvagem, mas em tons pastéis. Eu sou muito óbvio, acho e creio acreditar. Sendo doce, fofo e sutil, certamente não terá o resultado agressivo, dominador e vultuoso que se programou. Querem o mesmo retorno das Casas Bahia, mas sem aquela gritaria hor-ro-ro-sa. Já fiz váriops posts sobre as coisas que a gente quer, MAS SEM a parte que não nos agrada. Quero um leão, mas sem as garras, sem os dentes, pode tirar a juba, e muda a cor do bicho pra combinar com o sofá... lembram? Não, nem eu.
Agora, muitos clientes e publicitários acham que o público tem tempo de sobra, que vai poder dedicar o dia inteiro - vai mandar parar tudo, dona Gilda, cancela minha agenda de hojhe que vou ver o anúncio do fulano na revista - para apreciar com todo o conforto a sua mensagem.
Bom, como já disse: Tem dois tipos de propaganda, a que é feita para o público, e a que é feita para o cliente. E não falo de endomarketing.
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