terça-feira, 18 de novembro de 2008

ALBO

A maioria das coisas em que eu dou opinião eu não entendo nada. Nem você.
Não sei o que é ser presidente de coisa alguma, então meus palpites sobre como conduzir o país não valem nada.
Se não sei chutar uma bola, o que que tenho a contribuir para o futebol?
Mas é o melhor caminho, quer ver?
Não tenho opinião, por exemplo, sobre dar o rabo. Para ter opinião é preciso experiência.
Mas nós funcionamos assim torto mesmo. O que a gente não sabe, a gente cogita. Google é pra gente sem imaginação.
E assim, meio no achismo, a gente faz um álbum de recorte com referências sobre o que pensar, como agir, o que fazer, e nas páginas vai colando as opiniões de pessoas que a gente gosta. Quem não gosta de seu pai, de sua mãe? Do mesmo modo que um funcionário que vai trabalhar no MacDonald's e começa a anotar tudo o que se faz e como se procede lá dentro, no fim das contas - agora - você tem um manual de instruções, mas aquilo não é o verdadeiro você. É só uma cópia do padrão MacDonalds, a partir da época e situação vivenciados. Como agora é tudo diferente, o que você faz? Você se entope de __________________ (Agora os tempos exigem interatividade: Preencha o espaço com o seu hábito alimentar preferido) para sentir alguma coisa. Ou não sentir nada a não ser a saciedade.

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