Meus pequenos passos ecoam pelo piso de tábuas da casa da minha tia Marli, a Ani. O Tim, marido dela, está pegando um par de botas em uma caixa sobre o guarda-roupa. Ele me vê, e diz:
- Tuta, olha aqui, a gente sempre tem que ficar de olho vivo.
Tendo dito isto, bateu com o calcanhar da bota no chão e dela saltou uma imensa aranha que na hora levou uma pancada com o salto da mesma bota - e de repente viu uma grande luz, quando surgiu uma aranha velha, de barbas longas e com uma chave pendurada na cintura.
Parecia que ele sabia que a aranha estava ali, parecia que ele havia treinado a vida inteira para fazer aquele movimento rápido e mortal, parecia que tudo aquilo iria durar para sempre. Na minha memória, este e infinitos outros momentos estão vivos, barulhando, luminosos.
Uma verdadeira sabedoria ninja-gaucho-rulez-basic-1 do calçar botas.
ResponderExcluirAcho que todos temos esses tais momentos randômicos de alguns memórias curtas em nossas vidas.
sandovas