Olivia sonha todas as noites que é uma coruja. Ela voa em silêncio entre as casas da vizinhança, sobe aos morros e olha o mundo lá de cima. Às vezes ela encontra uma pena entre seus lençois.
Eu faço o processo invertido. Desenho sem fazer esboço, vejo o que saiu e escrevo a história a partir do que o desenho me diz.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
FREEZE FRAME
Moldura que fiz a partir de um velho guarda-roupa que ganhei do meu amigo Vô Mealho. O puxador e a fechadura ficaram como elementos de interesse.
Tagando e andando:
Arte,
Recicle-se
ARTE SEM ARTISTA
Uma árvore caiu com a tempestade na chácara. Eu e os gatos, nós, os curiosos, fomos olhar e encontrei essas marcas dos galhos das outras árvores, que se roçavam mutuamente. Pouca vergonheira esse reino vegetal.
Tagando e andando:
Arte Sem Artista
segunda-feira, 23 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
SAPEIRA DE MATERIALISMO
De vez em vez eu acho que o Sapo de Plástico, a banda que eu tive com amigos, não existiu. Tocamos por tão pouco tempo que poucos lembram, e desses poucos a maioria não tem boas memórias da época. Tocávamos muito mal, não tínhamos nada, nem equipamento, tivemos que fazer tudo, ninguém fazia rock, trocar uma ideia COM QUEM? Como fazer algo se não se tem ferramentas e nem se sabe como usá-las? Bom, eu poupava o que dava da minha grana de estudante, vivia à base de Miojo para comprar cordas, altofalantes, cabos, e tudo o mais, tivemos que fazer a bateria, as guitarras, o baixo, tudo. Só não fizemos um som decente. mas está aí a prova, o Sapo existiu mesmo. Obriggs ao Sandoval, e ao Daniel.
Ah, agora que eu vi, o desenho do guitarrista é de autorismo do tio aqui, bem como-lhe o Sapinho.
Ah, agora que eu vi, o desenho do guitarrista é de autorismo do tio aqui, bem como-lhe o Sapinho.
Tagando e andando:
Daniel,
Ilustrações,
Sandoval,
Sapo de Plástico
terça-feira, 17 de abril de 2012
OJODIABÃO
Hoje posso dizer que foi um belo dia. Falei duas vezes com meu filho, mandei e-mails para minha filhota, a Naira entregou três trabalhos da faculdade, vi um montão de gente, de Santa, de Candelária, de Venâncio... hoje eu estou internacional.
Fiz o desenho acima com o papel no chão, no fim da tarde, que é a hora mais braba para os míopes, com as lentes dos olhos trocadas! Fui mirando e fazendo, meio no instinto, mas não é tinto, é grafite mesmo. Vou lá destrocar as lentes.
Trata-se de um universo que estou criando, mas ainda estou decidindo se os motores serão de dois ou quatro tempos. É tipo a Wasteland do Mad Max, mas com gatas gostosas em choppers e bandas de rock, muito tiroteio, carros preparados para batalhas entre gangues, cada gangue vive em um trambolhão tipo tanque de guerra gigantesco, como uma cidade sobre esteiras, todo mundo se diverte e acaba morrendo cedo. A história não vai ter personagens fixos, porque as pessoas não duram muito, morrem de sede, hemorragia ou tédio, e não existe mais escrita, só a fala.
A luz do sol é intensa, bate no chão e gera essas contra-sombras (isso existe?) nos lábios, nariz e na parte de cima das maçãs do rosto, o famoso "efeito cromado"
Fiz o desenho acima com o papel no chão, no fim da tarde, que é a hora mais braba para os míopes, com as lentes dos olhos trocadas! Fui mirando e fazendo, meio no instinto, mas não é tinto, é grafite mesmo. Vou lá destrocar as lentes.
Trata-se de um universo que estou criando, mas ainda estou decidindo se os motores serão de dois ou quatro tempos. É tipo a Wasteland do Mad Max, mas com gatas gostosas em choppers e bandas de rock, muito tiroteio, carros preparados para batalhas entre gangues, cada gangue vive em um trambolhão tipo tanque de guerra gigantesco, como uma cidade sobre esteiras, todo mundo se diverte e acaba morrendo cedo. A história não vai ter personagens fixos, porque as pessoas não duram muito, morrem de sede, hemorragia ou tédio, e não existe mais escrita, só a fala.
A luz do sol é intensa, bate no chão e gera essas contra-sombras (isso existe?) nos lábios, nariz e na parte de cima das maçãs do rosto, o famoso "efeito cromado"
Tagando e andando:
Ilustrações
segunda-feira, 16 de abril de 2012
DENOVOUTRAVEZ
Diz a ciência que o público que visita blogs é rotativo, então revirar a arca do velho tem seu valor. Este desenho pertence à série Electric City, um universo que criei, onde os instrumentos musicais e seus componentes são o... quem sabe eu coloco o texto do post aqui?
Electric City é a capital do rock. Do outro lado do Rio Glissando, passando pela Lucille Bridge, está Acoustown, cidade gêmea que, com sua tranquilidade e discrição, não faz questão de entrar neste guia. Ok. A gente respeitemos.
A cidade tem a forma de um altofalante, onde o domo central é o Plugged Square, o bairro dos boêmios, os Capacitors. Outros antigos habitantes do local, os Resistors se opõem à miscigenação dos frequentadores do lugar desde a chegada dos Simulators, pois consideram estes muito "mascarados".
Se você curte a mistura das tribos, é o Jimi´s o lugar pra ir. A gangue dos Bulbs é bate-ponto, os integrantes sempre esquentados com suas jaquetas estão sempre prontos pra um drive, a qualquer hora da noite e da não-noite. Eles convivem com as Transistors numa boa, rolam inclusive alguns "wah-wah" - e choques - de vez em quando.
As celebridades aparecem com alta frequência no Inductor, casa noturna de propriedade do megaempresário Sam Samp, que também comanda os Supermercados Senóide, as Lojas Palheta e a Fuse Television.
A estrela da cidade é Miss Jaguar, sucesso da música mundial com seus clipes de arte pré-moderna.
A vida na cidade inclui restaurantes como il Tremolo, da festejada chef Alavancca di Vibratto, ou The Rectifier, com sua comida feita em fogões de corrente contínua. Entre os hotéis, o lance é ir para o Faraday´s, nos seus cafés da manhã o dia todo, encontrar quem é induzido.
Dois times disputam o campeonato nacional: Os Bucks, que apavoram com o agressivo atacante Seymour Duncan, e os Coils, do artilheiro "Palito" Fender, que joga num estilo vintage e faz a alegria da torcida.
Venha para Electric City e "Get Shocked"
Electric City é a capital do rock. Do outro lado do Rio Glissando, passando pela Lucille Bridge, está Acoustown, cidade gêmea que, com sua tranquilidade e discrição, não faz questão de entrar neste guia. Ok. A gente respeitemos.
A cidade tem a forma de um altofalante, onde o domo central é o Plugged Square, o bairro dos boêmios, os Capacitors. Outros antigos habitantes do local, os Resistors se opõem à miscigenação dos frequentadores do lugar desde a chegada dos Simulators, pois consideram estes muito "mascarados".
Se você curte a mistura das tribos, é o Jimi´s o lugar pra ir. A gangue dos Bulbs é bate-ponto, os integrantes sempre esquentados com suas jaquetas estão sempre prontos pra um drive, a qualquer hora da noite e da não-noite. Eles convivem com as Transistors numa boa, rolam inclusive alguns "wah-wah" - e choques - de vez em quando.
As celebridades aparecem com alta frequência no Inductor, casa noturna de propriedade do megaempresário Sam Samp, que também comanda os Supermercados Senóide, as Lojas Palheta e a Fuse Television.
A estrela da cidade é Miss Jaguar, sucesso da música mundial com seus clipes de arte pré-moderna.
A vida na cidade inclui restaurantes como il Tremolo, da festejada chef Alavancca di Vibratto, ou The Rectifier, com sua comida feita em fogões de corrente contínua. Entre os hotéis, o lance é ir para o Faraday´s, nos seus cafés da manhã o dia todo, encontrar quem é induzido.
Dois times disputam o campeonato nacional: Os Bucks, que apavoram com o agressivo atacante Seymour Duncan, e os Coils, do artilheiro "Palito" Fender, que joga num estilo vintage e faz a alegria da torcida.
Venha para Electric City e "Get Shocked"
Tagando e andando:
Electric City
PÁ-PUMISMO
Temos pressa pra tudo, então olha só: Rabisco feito em segundos, cores puxadas no Photoshop, isto é arte?
Quase ninguém desenha mulher rindo. Sempre sorrindo, cortês, ou sensual, mas rindo, raramente. A não ser quando é a malvada da novela. Essa ri daquele jeito de gênio do mal: UHUHUHUHAHAHA!
Quase ninguém desenha mulher rindo. Sempre sorrindo, cortês, ou sensual, mas rindo, raramente. A não ser quando é a malvada da novela. Essa ri daquele jeito de gênio do mal: UHUHUHUHAHAHA!
Tagando e andando:
Ilustrações
CHUVA, EM ALEMÃO: GOTASS KAEN
Eu presto atenção no que me dizem,
e por isso comia pitangas quando fui (fui!) criança.
Expléco:
Pitangueiras florescem em setembro e dão frutas dois meses depois. Só nos oferece suas frutinhas por poucos dias, depois só no ano que vem, mesmo bat-mês.
Quem tinha passado de ano comia pitangas, quem ficava na aula, ou estudando pra recuperação, não.
As pitangas são de novembro, mas este ano não choveu e algumas plantas não puderam cumprir seu ciclo.
Pois este ano eu fiz o impensável, comi pitangas em abril, e estão ótimas!
A natureza simplesmente TEM que fazer o seu ciclo.
Mesmo que não seja a moda da estação.
As morangas, limas e trocentas vegetáveis outras mais além de estas que tão-somente arrolei acima, também conhecido como o inverso do abaixo, estão fazendo, não na hora correta, mas não deixam de fazer.
Eu tenho uma coisa que poucos desfrutam, vivo num lugar onde posso ver essas coisas.
Se eu não notasse nem isso, aí eu seria um panaca completo, para o que falta bastante pouco.
Uma dessas coisas é a água, estamos com água no limite na chácara, onde moro. Temos água para beber, lavar louça, banheiro e banhos. E só. Não temos nem para lavar roupa. Aí o espertinhaco me pergunta porquá que não tem água, se choveu, e estamos em cima da maior reserva de água doce do mundo, o Aquífero Guarani?
Resmongo-lhe, que é responder resmungando: Temos uma fonte natural, que vem do um lençol de água mais da superfície, nascido na encosta da colina, onde fica a casa. Coletamos um reservatório e pegamos o que a natureza nos dá.
Era assim há mais de cem anos, ali havia uma das primeiras casas da região, achamos alguns cacos de objetos de vidro, uns tijolos, o resto o chão comeu.
Esse poço atendia quatro residências, quando compramos o lugar, em 2000: A casa do meu sogro, ao lado, a do irmão dele, a nossa casinha e ainda abastecíamos uma vizinha que tinha um filho doente, que mais tarde mudou dali.
Hoje não dá conta do nosso larzinho. Preciso coletar água da (pouca) chuva para descarga, limpeza, essas coisas. A água também tem seu ciclo, e agora sentimos de verdade o verão.
Se isso tem algum valor, é que quando venho para a cidade, vejo como é bom ter a agadoizó ali, facilzinha, de barbada pra nós.
Tagando e andando:
Histórias Desinteressantes
sexta-feira, 13 de abril de 2012
FOI PRO JACKO
Quando bateu as botinas cobertas de lantejoulas o Maiquelgéquisson, eu cometi essa abobrinha aí de cima. Ou de baixo, não sei como esse blog monta as cousas. Mas não aguento esses negócios de rei disso e daquilo, quem precisa de rei é índio. Só depois de finado, porque afinado ele sempre foi, soube-se de sua obsessão pelo Prince. Suspeitei imediatamente (como havia suspeitado na época) que ele havia comprado o nome, que o Prince parou de usar, para batizar - e já fazer uma marca registrada para a futura carreira musical do herdeiro - o filho. Se chamou o filho de príncipe, é porque se achava rei? Depois deu o nome de Blanket (cobertor) para outro. Indabem que parou por aí, magina se sai a Colcha Jackson, o Travesseiro de Penas de Ganso Jackson, e o Box Spring Jackson. Ei, esse último vou registrar.
Tagando e andando:
Ilustrações,
Rock
quarta-feira, 11 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
LAMBUZO
Espalhei um pouco de tinta e deu nisso. O artista não deve confiar na memória, isto é arte naïf. O Paulo Caruso disse uma vez num workshop que fiz com ele, que usa milhares de fotografias para fazer suas caricaturas. Eu mal escutei, estava sentado entre o Edgar Vasques e o Santiago.
Tagando e andando:
Ilustrações
domingo, 8 de abril de 2012
NAMARRUMBABILIDADE
Posta, seu bosta.
A cada dia, 500 pessoas vêm aqui para ver se algo mudou. Pelo menos tenha a decência de manter o Google funcionando, vai que essa merda quebra, aí como vou achar as coisas?
Aliás, carro zero para quem achar uma mulher que não fique reclamando que o marido não acha as coisas que estão na frente dele.
Com isso, criei minha mais zerobaleta terroria:
O homem não precisa de luz.
Tenho um grande e inventivo amigo que além de ter as ideias, consegue executar e mostrar a nossa cara que ele estava certo. Maldito seja!
Ele tem uma bancada de ferramentas extraordinária, com milhares de chaves de fenda, alens, philips e outras famílias, é impressionante, eu chego a babar de inveja, um dia estraguei uma camisa nova que eu estava usando. Pois o amigo sabe onde está cada parafusinho, componente, o escambau. Se apagassem a luz, ele poderia desmontar uma bomba atômica enquanto contava um causo, mascando o doce de abóbora nota 11 que sua mãe faz quase todo dia.
Ancinho,
Se você deixar um homem em uma casa sem luz, e completamente vendado, ele entra, larga a chave no chão, ao lado da porta, joga a calça na guarda da cadeira, atira a camisa no chão do banheiro, junto com a toalha que já está lá há dois dias. Na cabeça dele, tá tudo guardado no seu lugar. Estende o braço sem olhar, pega uma cerveja na geladeira e abre sem desviar os olhos da tv ou qualquer coisa que tenha imagens de mulher gostosa. Quando precisa sair, sem olhar, ele pega a calça na cadeira, escolhe uma camisa no chão, recolhe as chaves que estavam no mesmo lugar e prontex. Mas aí vem a mulher e quer colocar tudo em caixas, gavetas, com etiquetas com nome e de preferência com um plástico em volta, que é para ninguém usar. E depois que faz isso se bota a assuntar esse assunto podre. Nunca notaram como tem assunto podre?
Voltando, o homem não usa a luz para localizar as coisas, assim não nota que o lugar está uma bagunça.
Bela teoria, hein? Estou orgulhoso de si mesmo.
º º º
Com 8, 9 anos, eu costumava puxar a Patrulha da Broca. Sempre fui esfomeado, tenho metabolismo de peixe, fico com fome a cada 3 horas. Bela desculpa para ser gluto. Assim, quem estava brincando na turma tinha que levar a galerinha, uns 4 a 10 (!) piás na sua casa, pois certamente a mãe estaria fazendo alguma coisa pra jogar um reboco na parede estomacal, sempre rolava ao menos um pão com schmier, no mínimo. Éramos como as formigas-correição (que estão sumidas). Lembro que a mãe do Pelé e do Leilei fazia bolachas para vender, dava um biscoito quentinho com gosto para cada um, mas quem pedisse repeteco levava um xispa, às vezes até com a vassoura. Sabe piranhas? A gente era só boca.
º º º
As agências de propaganda que possuem grandes clientes, tratam-os com um desprezo que poderia ser considerado um crime.
Regularmente, apresentam sempre as mesmas campanhas, na maior cara de pau:
1. O Encontro - o encontro (de duas coisas que não combinam) da qualidade com o preço baixo, da localização central com o amplo espaço.
2. A "bilidade" No ar, a cerveja com "botecabilidade". Alguém paga em notas novinhas por ideia velha...
3. A personalização - O Banco do João, da Susana, da Luisa... Coisas padrão que vendem como se fosse do "seu jeito". O Burger King está dizendo "a gente faz do seu jeito" CUMA? Se vocês são uma linha de montagem quase robótica?
É que a gente gosta do sofá da autoenganação. Ele é um fofo coxim, quentinho, ninguém te incomoda ali e tu é o rei, o sofá é diliça mas tem instaladas duas metralhadoras ponto 50, aquelas do Rambo, lança-foguetes e duas baterias de mísseis ar-terra. Detonem com os infiéis! Somos os fodões quando estamos no nosso troninho, todo mundo é plebeu.
Jesus, te salva que a mira laser te achou!
A cada dia, 500 pessoas vêm aqui para ver se algo mudou. Pelo menos tenha a decência de manter o Google funcionando, vai que essa merda quebra, aí como vou achar as coisas?
Aliás, carro zero para quem achar uma mulher que não fique reclamando que o marido não acha as coisas que estão na frente dele.
Com isso, criei minha mais zerobaleta terroria:
O homem não precisa de luz.
Tenho um grande e inventivo amigo que além de ter as ideias, consegue executar e mostrar a nossa cara que ele estava certo. Maldito seja!
Ele tem uma bancada de ferramentas extraordinária, com milhares de chaves de fenda, alens, philips e outras famílias, é impressionante, eu chego a babar de inveja, um dia estraguei uma camisa nova que eu estava usando. Pois o amigo sabe onde está cada parafusinho, componente, o escambau. Se apagassem a luz, ele poderia desmontar uma bomba atômica enquanto contava um causo, mascando o doce de abóbora nota 11 que sua mãe faz quase todo dia.
Ancinho,
Se você deixar um homem em uma casa sem luz, e completamente vendado, ele entra, larga a chave no chão, ao lado da porta, joga a calça na guarda da cadeira, atira a camisa no chão do banheiro, junto com a toalha que já está lá há dois dias. Na cabeça dele, tá tudo guardado no seu lugar. Estende o braço sem olhar, pega uma cerveja na geladeira e abre sem desviar os olhos da tv ou qualquer coisa que tenha imagens de mulher gostosa. Quando precisa sair, sem olhar, ele pega a calça na cadeira, escolhe uma camisa no chão, recolhe as chaves que estavam no mesmo lugar e prontex. Mas aí vem a mulher e quer colocar tudo em caixas, gavetas, com etiquetas com nome e de preferência com um plástico em volta, que é para ninguém usar. E depois que faz isso se bota a assuntar esse assunto podre. Nunca notaram como tem assunto podre?
Voltando, o homem não usa a luz para localizar as coisas, assim não nota que o lugar está uma bagunça.
Bela teoria, hein? Estou orgulhoso de si mesmo.
º º º
Com 8, 9 anos, eu costumava puxar a Patrulha da Broca. Sempre fui esfomeado, tenho metabolismo de peixe, fico com fome a cada 3 horas. Bela desculpa para ser gluto. Assim, quem estava brincando na turma tinha que levar a galerinha, uns 4 a 10 (!) piás na sua casa, pois certamente a mãe estaria fazendo alguma coisa pra jogar um reboco na parede estomacal, sempre rolava ao menos um pão com schmier, no mínimo. Éramos como as formigas-correição (que estão sumidas). Lembro que a mãe do Pelé e do Leilei fazia bolachas para vender, dava um biscoito quentinho com gosto para cada um, mas quem pedisse repeteco levava um xispa, às vezes até com a vassoura. Sabe piranhas? A gente era só boca.
º º º
As agências de propaganda que possuem grandes clientes, tratam-os com um desprezo que poderia ser considerado um crime.
Regularmente, apresentam sempre as mesmas campanhas, na maior cara de pau:
1. O Encontro - o encontro (de duas coisas que não combinam) da qualidade com o preço baixo, da localização central com o amplo espaço.
2. A "bilidade" No ar, a cerveja com "botecabilidade". Alguém paga em notas novinhas por ideia velha...
3. A personalização - O Banco do João, da Susana, da Luisa... Coisas padrão que vendem como se fosse do "seu jeito". O Burger King está dizendo "a gente faz do seu jeito" CUMA? Se vocês são uma linha de montagem quase robótica?
É que a gente gosta do sofá da autoenganação. Ele é um fofo coxim, quentinho, ninguém te incomoda ali e tu é o rei, o sofá é diliça mas tem instaladas duas metralhadoras ponto 50, aquelas do Rambo, lança-foguetes e duas baterias de mísseis ar-terra. Detonem com os infiéis! Somos os fodões quando estamos no nosso troninho, todo mundo é plebeu.
Jesus, te salva que a mira laser te achou!
Tagando e andando:
Lembanças,
Mau Lucas,
Viet-Nâncio
terça-feira, 3 de abril de 2012
ANTINVERSO AO CONTRÁRIO
Ninguém ri do que é ridículo.
Pão e café, para ser frescos têm que estar quentes.
No fim do jogo, descontos e acréscimos são a mesma coisa.
Quando alguém sai do sério, fica sério.
Pão e café, para ser frescos têm que estar quentes.
No fim do jogo, descontos e acréscimos são a mesma coisa.
Quando alguém sai do sério, fica sério.
Tagando e andando:
FOTOS,
Nemesismos
segunda-feira, 2 de abril de 2012
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