quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tu sabe o que é um CASCUDO? Um CROQUE? É raspar o nó dos dedos na nuca do palerma, o famoso mané. Isso é o começo. Um croque na pederneira, faz CRIIIC e soma ao Fóóó do gás do isqueiro. Se for um fósforo, ele diz: FFFFFFÓSFOROOOOOOOOO e acende o crivo. Tu puxa a primeira tyragada, ela tem gosto do acendedor, não presta pra muito, serve pra amaciar a boca. A segunda tragada sim, esta respira, traz o gosto do fumo, parente do tomate, segundo um agrônomo que é meu brozito. Aí, começa. A cabeça vira uma nuvem de fumaça, obedecendo a ordem que vem do pulmão. Dizia o Quintana, quem não fuma, não sabe suspirar. A nicotina faz a festa na corrente sanguínea, o homem das cavernas tem o fogo nas mãos, e precisa guardá-lo, e qual o melhor lugar? Dentro de si. Como uma música pop, depois de uns cinco minutos de glória titânica, o fogo chega perto dos dedos, é hora de terminar a brincadeira. Uma última baforada de adeus, e mergulha a guimba num arco vermelho, explodindo em brasinhas quando bate no chão. Tchau. O fogo fica ardendo até o olho se fechar. Foi o que eu falei, tchau.

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