Meus pais me deram um Autorama quando eu era piá. Por uma semana, funcionou que era uma beleza, até que os valentões da rua convidaram-se para brincar e estragaram os carrinhos, "sem querer", diziam com as sobrancelhas quase tocando a nuca. A Lotus preta e dourada eu consegui consertar, troquei a coroa e o pinhão, as rodas e os contatos, mas a Tyrrel azul ficou irrecuperável, o chassi foi amassado, nunca mais foi a mesma, a primeira vencedora do circuito, teve seus dias de glória.
Vezenquandos eu penso no Autorama, como a gente gostaria quer as coisas seguissem por trilhos, que as palavras fossem cumpridas, que o improvável e o impensável ficassem nos seus quadrados. Mas também penso que isto é legal, é uma forma de autopreservação, gostar de si não é proibido.
valentões da rua com sobrancelhas na nuca é impagável!
ResponderExcluirTambérm tive meus dias de Autorama, quando se gastava mais tempo montando a pista, ajeitando os carrinhos e elecubrando mudanças aqui e ali de penus, coroas, pinhões e até no dsign e pinturas das carrocerias do que andando mesmo! BONS tempos, lembreanças de uam época em que TÍNHAMOS tempo de sobra para aproveitar.
ResponderExcluirsandovas
*Que sempre quis ter uma Tyrrel azul